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Começou a reabilitação da bacia de retenção do Parque da Belavista Sul

Num ano de seca severa, e com a tendência crescente de escassez de água, a Câmara Municipal de Lisboa iniciou já uma intervenção na atual bacia, para garantir uma gestão sustentável deste recurso, mantendo a sua função. A atual bacia passará a comportar-se como um charco temporário, que irá naturalmente secar no verão, após a evaporação da água e o seu consumo pelas plantas.

A reabilitação passa pelas seguintes intervenções:

  • Limpeza generalizada de toda a área atualmente impermeabilizada, removendo infestantes e parte da vegetação existente, que se tornou dominante, de modo a permitir a introdução de mais espécies, garantindo maior equilíbrio entre elas e aumentando a biodiversidade.
  • Remoção dos lixos e parte dos sedimentos acumulados no fundo, permitindo uma maior concentração de água livre e mantendo o solo necessário ao desenvolvimento da vegetação.
  • Eliminação parcial da tela, especialmente nas áreas marginais, promovendo o estabelecimento de vegetação com interesse para a biodiversidade e para um ecossistema equilibrado.
  • Manter uma pequena área impermeabilizada a fim de garantir a acumulação de água nos períodos de transição para a época quente, de forma a assegurar um recurso para a biodiversidade.

Os resultados desta intervenção serão monitorizados durante um ano.

Bacia de retenção do Parque da Belavista Sul

A bacia de retenção foi projetada para receber as águas pluviais que não se infiltravam nos solos e acabavam por escorrer superficialmente, causando ravinamentos e erosão nos taludes do parque. Foi ainda instalada uma zona húmida – charco temporário, para fomentar o aumento da biodiversidade durante a época seca, tendo-se procedido à sua impermeabilização, com tela, para esse efeito.

A sua criação permitiu instalação e o abrigo de diferentes espécies de plantas e anfíbios dado que, à data da criação do parque, uma grande parte da área encontrava-se desprovida de vegetação e de solos de qualidade, resultante de sucessivos aterros de terras e de entulhos.

A função de retenção das águas da chuva foi garantida, tendo-se observado em vários invernos a cota máxima do lago, e o descarregador a funcionar, com a libertação controlada de água.

No entanto, a água recebida durante a época das chuvas não é, de todo, suficiente para garantir um lago permanente (mesmo com a impermeabilização) o que obriga a uma reposição com água potável nos períodos quentes.

Atualmente, 16 anos após o início do projeto, estamos perante uma área muito mais interessante do ponto de vista da biodiversidade, cujo equilíbrio começa a ser difícil de manter, tendo-se tornado pouco sustentável, especialmente do ponto de vista da gestão dos recursos hídricos, pelo necessário abastecimento de água potável.